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Layer 2 no Ethereum: O Que São e Como Reduzem Custos de Transação?

janeiro 20, 2025 | by DefiHub

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Introdução

O layer 2 no ethereum é uma das grandes apostas para solucionar as altas taxas de transação (gas fees) e a lentidão da rede em momentos de pico. Embora o Ethereum seja a principal plataforma de contratos inteligentes, sua popularidade tem um preço: quando há muita atividade, usuários enfrentam congestionamentos e custos elevados. É aí que entram as soluções de layer 2 no ethereum, que prometem manter a segurança da rede principal (Layer 1) e, ao mesmo tempo, reduzir custos de maneira significativa.

Neste artigo, você vai aprender o que são essas soluções de segunda camada, por que elas são tão importantes e como podem transformar o futuro de uma das redes mais utilizadas no mundo das criptomoedas.


Entendendo o Problema das Altas Taxas no Ethereum (Público Iniciante)

O Que São Taxas de Gás (Gas Fees)?

O gás é como se fosse o “combustível” que alimenta cada transação ou interação com contratos inteligentes no Ethereum. Quando você envia ETH, negocia tokens em uma DEX ou realiza qualquer ação na rede, precisa pagar essas taxas. Se muitas pessoas usam o Ethereum ao mesmo tempo, a concorrência por espaço nos blocos aumenta o valor das taxas.

Por Que Layer 2 é Necessário?

Sem soluções de Layer 2, o Ethereum pode se tornar inviável para usuários comuns. Imagine ter que pagar taxas muito altas para fazer simples transações ou negociar NFTs. Em contrapartida, surgem blockchains alternativas com custos mais baixos. As soluções de Layer 2 ajudam a aliviar a rede principal, tornando o Ethereum novamente atraente e acessível para uma maior quantidade de usuários.

Panorama Histórico

Tivemos momentos de pico nas taxas de gás, principalmente durante o “boom” da DeFi e dos NFTs. Isso deixou claro que o Ethereum precisava de melhorias de escalabilidade para suportar o crescimento do ecossistema sem comprometer a usabilidade.


O que é Layer 2?

Definição

Layer 2 é uma camada “acima” da blockchain principal (Layer 1). Nela, muitas das transações são processadas fora do Ethereum “oficial” e, depois, registradas ou confirmadas de forma compactada na rede principal. Isso significa que a maior parte do trabalho acontece fora da Layer 1, liberando espaço e reduzindo custos.

Vantagens Principais

  1. Redução de Custos: As taxas de transação caem drasticamente, pois poucas interações realmente precisam acontecer na Layer 1.
  2. Aumento de Velocidade: Com transações sendo processadas em redes paralelas, o throughput (quantidade de transações por segundo) cresce.
  3. Manutenção da Segurança: Quando bem implementadas, as soluções L2 ainda herdam parte da segurança do Ethereum.

Desafios e Considerações

  • Algumas soluções exigem certo grau de confiança nos operadores.
  • A adoção pode ser lenta devido à complexidade de integração.
  • Nem todos os protocolos ou carteiras ainda estão preparados para suportar as várias soluções de Layer 2.

Tipos de Soluções de Layer 2

State Channels

Nos State Channels, dois ou mais participantes realizam transações fora da blockchain. Só quando encerram suas operações, o saldo final é registrado na Layer 1. É como se você abrisse uma “conta paralela” para fazer várias movimentações e, no fim, ajustasse tudo em uma única transação no Ethereum.

  • Exemplos: Raiden Network e Connext.

Sidechains

Uma sidechain é uma blockchain separada, mas conectada ao Ethereum. Ela tem seu próprio mecanismo de consenso, mas permite a transferência de ativos para dentro e fora da rede principal.

  • Exemplos: Polygon (antes conhecida como Matic) e Gnosis Chain (antiga xDai).
  • Vantagem: Taxas muito mais baixas e maior velocidade.
  • Desafio: A segurança depende do consenso da própria sidechain.

Rollups

Nos Rollups, as transações são agrupadas em lotes e uma “prova” é enviada para o Ethereum, economizando espaço e gás.

  1. Optimistic Rollups: (ex.: Arbitrum, Optimism) — partem do princípio de que todas as transações são válidas e, se houver fraude, é preciso provar o contrário.
  2. ZK-Rollups: (ex.: zkSync, StarkNet) — usam provas de conhecimento zero para verificar a validade das transações sem revelar seus dados. São mais complexos, porém potencialmente mais rápidos e seguros.

Como Layer 2 Reduz Custos de Transação?

Menor Dependência de Gas na Layer 1

Transações “off-chain” ou agrupadas significam que você não paga individualmente cada ação na rede principal. Apenas o resultado final (ou resumo) vai para o Ethereum, diminuindo o uso de gás.

Armazenamento de Dados e Proofs

Rollups, por exemplo, fazem todo o processamento fora da Layer 1 e geram provas de veracidade postadas na mainnet. Assim, não é preciso registrar cada passo, apenas o “hash” que confirma a legitimidade de um lote de transações.

Modelos de Taxas

Alguns projetos usam tokens próprios (como a MATIC da Polygon), outros permitem pagamento em ETH. A competição entre as várias soluções L2 tende a forçar as taxas para baixo, beneficiando o usuário final.


Uso Prático das Soluções de Layer 2

Aplicações DeFi

  • DEXs: Várias corretoras descentralizadas já rodando em L2 (Uniswap em Optimism/Arbitrum).
  • Lending & Borrowing: Empréstimos e protocolos de yield farming com taxas menores, permitindo maior movimentação de pequenos valores.

NFTs

  • Mint de NFTs em soluções como Polygon ou zkSync com custos mínimos, viabilizando transações rápidas para criadores e colecionadores.

Jogos e Metaverso

  • Jogos blockchain exigem inúmeras microtransações. O uso de Layer 2 possibilita interações em tempo real sem que as taxas inviabilizem a experiência.

Comparação entre Principais Layer 2

Optimistic Rollups vs. ZK-Rollups

  • Optimistic Rollups: Mais simples de implementar, porém têm um período de disputa para confirmar que não houve fraude.
  • ZK-Rollups: Oferecem confirmações quase instantâneas, mas demandam tecnologia mais avançada e poder computacional maior para gerar as provas.

Polygon (Sidechain) vs. Arbitrum (Optimistic Rollup)

  • Polygon: Tem seu próprio consenso, taxas muito baixas e grande base de usuários e dApps.
  • Arbitrum: Herda segurança direta do Ethereum, com menor risco, mas ainda em constante desenvolvimento.
  • Cada usuário ou projeto deve ponderar custos, velocidade, descentralização e compatibilidade.

Critérios de Escolha

  • Segurança: Quanto a solução depende (ou não) da segurança do Ethereum?
  • Taxas e Velocidade: Qual a média de taxa por transação e qual o throughput?
  • Comunidade e Suporte: Protocolos DeFi e carteiras que suportam a rede, liquidez disponível, auditorias realizadas etc.

Riscos e Desafios

  1. Centralização em Alguns Modelos
    • Operadores podem ter poder de censura, dependendo do design da solução.
  2. Complexidade de Configuração
    • Protocolos DeFi existentes precisam ajustar seus contratos para funcionar em L2.
    • Risco de hacks em bridges (pontes de transferência de ativos) e contratos específicos.
  3. Futuras Atualizações do Ethereum (Layer 1)
    • O Ethereum está em constante evolução (ex.: transição para PoS, sharding).
    • Layer 2 precisará se adaptar a essas mudanças para continuar relevante.

Futuro e Perspectivas

Concorrência entre Layer 2

As soluções estão em competição acirrada, cada uma buscando atrair mais desenvolvedores e TVL (Total Value Locked). Isso impulsiona a inovação e a redução de taxas.

Adesão Institucional

Grandes empresas e até bancos podem se interessar por uma rede mais escalável e barata, fomentando a adoção em massa das soluções L2.

Expansão para Outros Ecossistemas

A ideia de rollups e sidechains não se restringe apenas ao Ethereum. Podemos ver projetos similares em outras blockchains e, no futuro, uma forte interoperabilidade entre elas.


Conclusão

As soluções de Layer 2 são a resposta mais imediata para o problema de escalabilidade do Ethereum, reduzindo custos e acelerando transações sem sacrificar a segurança conquistada ao longo dos anos. Seja você um usuário iniciante ou um investidor experiente, vale a pena ficar de olho nessas tecnologias que estão redefinindo a maneira como interagimos com a maior rede de contratos inteligentes do mercado.

  • Iniciante: Experimente carteiras que suportem Polygon, Arbitrum ou Optimism e faça pequenas transações para sentir a diferença de custo.
  • Intermediário: Teste DEXs, yield farming e NFTs em L2, comparando taxas e desempenho.
  • Avançado: Analise critérios de descentralização, segurança e governança, participando ativamente do desenvolvimento dessas soluções.

Tem mais dúvidas ou quer compartilhar sua experiência em Layer 2? Deixe seu comentário no blog DefiHub! E não se esqueça de conferir outros artigos para aprender mais sobre DeFi, staking e outros tópicos que estão transformando o universo cripto.

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